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Eu indico

13 dezembro 2011

Na fila do banco


A vida se faz e refaz em cada conto possível de ser digerido mais tarde. Na minha pressa de relatar o fato que acontecia bem diante dos meus olhos, interrompi a leitura do livro de Nelson Rodrigues que estava lendo, “Asfalto Selvagem”, e me peguei no desespero de relatar o que ouvia. Na pressa, decidi escrever na ultima pagina do livro, que tinha 222, mas agora se fazia 223 e 224 com o acréscimo de meu conto. Que Nelson não tenha se removido no tumulo.
Inicialmente isso tudo parecia meio desconexo. Um diálogo torto e que mudava de assunto tão quanto uma mulher muda de roupa antes de uma festa.
- Dizia a ela que estava projetando a minha vida futura. Quero mais estabilidade. Gosto de sair para beber com os amigos e jogar conversa fora. Mas, sabe, eu observo muito as pessoas e vejo quando elas estão mentindo daí já era.Dizia um dos membros da dupla, que assim como o outro vestiam um uniforme de uma rede de supermercado.
-Tem tantas funções! Toda hora que dá eu mecho aqui. Ainda não consegui descobri o que é essa tal de TV digital. Dizia o mesmo homem, que insistentemente ignorava a leu de uso de celulares em agência bancarias e mostrava seu entusiasmo com seu “novo brinquedo”.
O outro amigo será monossilábico e se restringia muitas vezes em olhares e um leve balançar de cabeça. Ambos, atrás de seus óculos, filosofavam sobre a tecnologia.
-Veja este vídeo. É demais. Sem se importa com os demais presentes o vídeo era visto pelo amigo e ouvido por todos nós que estavam no local. Era um vídeo que relatava a interferência divina em nossas vidas. - Isso é foda. Estava num bar e uma cara do meu lado tomando a cerveja dele, me pediu para ver. Dai me perguntou quem era Jesus. Ele disse: “Eu não acredito nisso”!
-E você acredita?Esta seria a primeira e ultima vez que ele realizaria um pergunta.
- Ele disse que acreditava e não acreditava. Eu disse que não que acredita é que eu tinha fé.
Eles ainda continuariam aquela conversa que no momento foi interrompida pela musica eletrônica que um mostrava ao outro.  Na maior naturalidade eles prosseguiram com seus atos mesmo os guardas passando de um lado para o outro.
-681!
Opa!!Meu número!!!

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