Léo e Bia é uma adaptação de uma de suas peças encenadas em 1983. Com o desafio de manter o conteúdo original, Oswaldo grava todo filme em um ritmo totalmente teatral. Um único cenário, simplesmente alterado por composições de luzes, signos e arquétipos puramente teatral, ele compõe toda a história.
Um novidade em sua vida, o cinema, não há previsão de ter uma novo capitulo. Ele afirma que apesar de ter criado o texto, as músicas e dirigido toda a produção esta deverá ser seu primeiro e talvez último projeto cinematográfico. " Não tenho pretensão de ser diretor", diz Montenegro. Sempre bem humorado durante o bate papo com os alunos, respondeu a todas perguntas e não deixou transparecer a qualidade de "chato" sempre aplicada a ele por outros veiculo midiático. Simplesmente afirmou que para alcançar a fama não é preciso simplesmente ser bonzinho.
O roteiro é autobiográfico, uma vez que disse ao alunos e a composição de cada personagem tem a ver com tudo aquilo que passou. Apesar de fazer citações a ditadura, o "filme teatral" não faz referência politicas. A essência é outra. A dificuldade de um grupo de teatro em seu processo rumo ao palcos em um época tão conturbada.
O filme foge da estética normal até na gravação. Foram 5 meses de ensaio e 11 dias de gravação. Por isso, foi preciso que o grupo dedicasse a cada minuto para alcançar o resultado, afirmou Oswaldo. Ele fez questão de dirigir cada momento e até ensaiou o posicionamento das câmeras.
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