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05 janeiro 2012

O Garoto da Bicicleta e a dinâmica do amor incondicional

O "Garoto da Bicicleta" é a novo filme dos irmãos belgas Jean- Pierre e Luc Dardenne, conhecidos por levar duas Palmas de Ouros em Cannes por "Rosetta" ( 1999) e "A Criança" (2005). Um drama, do qual são os diretores e roteiristas, já lhes renderam em 2011 o prêmio do Juri de Cannes. Belga, italiano e francês são as misturas que constrói o enredo dos irmãos adeptos do cinema humanista. Detalhista na escolha da criança protagonista ( Thomas Doret) e contando como apoio  Cécile de France ( Além da Vida e Inimigo Público n°1) e Jérémie Renier ( A criança)  os diretores exploram bem as pausas dramáticas, trazendo ainda mais um leve tensão ao filme.

 Cyril ( Thomas Doret) de 11 anos, é abandonado em um orfanato pelo pai ( Jérémie Renier), deixando-o sem sua bicicleta, principal motivo para procurar seu pai. Na busca, juntamente a sua revolta, ele encontra a cabeleireira Samantha ( Cécile De France), que traz sua bicicleta de volta, reencontra o pai e aceita adota-lo. Simples assim, mas cercado pelo tormento interior de Cyril que conhece Wes (Egon de Mateo), um valentão da vizinhaça que o ensina a roubar.

Samantha carrega o amor incondicional e aposta na criança desde o início. O drama dispensa o sentimentalismo lacrimejante. Carregado na sua linguagem corporal em um boa sequência fotográfica é composto pela exclusão de ternura. É  dosado, cuidadosamente, com um leve choro, em um momento extremamente oportuno e um misero beijinho à criança em outra ocasião. Mesmo assim é visível o amor incondicional da mãe adotiva após a sequência de tropeços, frustrações e rebeldias de Cyril, que em diversos momentos  não inspira nem um pouco de empatia, mas o enredo deixa o expectador de guarda baixa com as justificativas de seus atos.Não seria surpresa vê-lo indicado a Oscar de filme estrangeiro.

Não conseguirá julgar. Até mesmo o pai, que abandona o pequeno Cyril, tem motivos para tal ação. Pittybull com é chamado por Wes demostrando a irracionalidade de seus atos. Isso resultará no final a busca pela seu lado humano, dispensado a sua animalidade e ressurgindo sua liberdade através do elemento de libertação que é a bicicleta. Assim como um cachorro ele morde em resposta a sua dor. Talvez o final possa não valer todo o fim, mas deixa o pensamento solto para a reflexão.

 
 
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