Ser pai. Para alguns é algo tão banal que revolta muita gente. Imagina
para aqueles cujo pai é apenas um terno, um substantivo abstrato e indefinido?
Parece triste, história de novela? Mas não é! A realidade brasileira mostra o
quanto está cada vez mais escassa esta “função” . Estamos em déficit. Se
fosse um trabalho, a remuneração estaria em alta e a competitividade maior
ainda.
Os dados são preocupantes, entre cinco homens, quatro têm probabilidade
de serem pais. Mesmo assim não há motivos ainda para comemorar. Assim como
nas organizações, este “profissional” não tem as qualificações técnicas
para exercer tal função. Será que é necessário um treinamento ou alguma
especialização definido? Que nada! Falta apenas comprometimento.

Um conjunto de ações pode ajudar. O Conselho Nacional de Justiça está
fazendo sua parte e nós abraçamos a causa. São mais de cinco milhões de
brasileiros que não possuem o nome do pai em suas certidões de nascimento.
Mais de 150 mil mães tentaram chegar aos supostos pais verdadeiros, sem
sucesso. Por isso, mais de 14 mil reconhecimentos já foram feitos. Ainda é
pouco, mas podemos fazer mais. O primeiro passo é o presença física na
vida dessas crianças!